Ponencia

O campo escolar

Parte del Simposio:

SP.21: Experiencias educativas y escolares de jóvenes en contextos de desigualdad social. Debates y reflexiones desde la investigación antropológica

Ponentes

Bruno Leonardo Barros Ferreira

Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (SEDUC - MA)

Ana Carolina Torrente Pereira

Universidade Federal do Maranhão

Rarielle Rodrigues Lima

Universidade Federal do Maranhão

Alex Reis Barroso

O presente trabalho discorre sobre as conformações sociais do campo escolar por meio da compreensão relacional entre os agentes, professores e jovens estudantes, que se inscrevem neste espaço social. A pesquisa busca reconhecer como as representações sociais sobre os jovens estudantes são constituídas e problematizadas, sendo distribuídas e consolidadas pelas políticas públicas de educação e reforçadas nas práticas sociais dos professores em termos dos sistemas de classificação reconhecidos-irreconhecidos que estruturam os espaços escolares e produzem e reproduzem as estruturas objetivos das classes dominantes. Na realização desta análise, abordamos algumas perspectivas que envolvem estas questões por meio dos agentes basilares do processo escolar – professores e estudantes – que estão dispostos no campo relacional da escola (BOURDIEU, 1989). O foco da presente pesquisa foi compreender como se constroem socialmente as representações das juventudes estudantis e assim os processos de classificação que os professores realizam a partir da configuração de suas taxinomias sociais escolares (BOURDIEU, 1998). Para elaboração deste trabalho apresentamos a categoria juventudes por meio de sua conformação e suas posições no campo social e as lutas pelas disposições entre os grupos da sociedade (BOURDIEU, 1989). Posteriormente, com estas disputas em prática observamos as estratégias utilizadas para que os jovens sejam conhecidos e reconhecidos através da ideia de problema social (LENOIR, 1998) e sendo assim colocados como grupo exposto a processos de estigmatização (CHINELLI, 1979). Para pensar nas representações que estão dispostas aos jovens como estudantes, recorremos as políticas públicas de educação compondo os processos que os alocam nesta posição. O este estudo aponta as posições desta políticas e compreende quais atores as influencia, sendo os consolidadores do desenho das política públicas diante o programa de avaliações dispostos para classificação dos estudantes. Pudemos reconhecer que compreender como essas políticas de avalição de larga escala se compõe é fundamental para a percepção das construções das hierarquias sociais e de sua reprodução. Para finalizar, a abordagem de Lahire (1997) nos auxiliou a reconhecer o entrelaçamento dos estudantes com seus grupos familiares. Foi possível, por meio desta análise, entender quais questões estão ligadas a formação julgamento professoral, e que como estes fatores se colocam diretamente na conformação dominante do espaço social e em sua manutenção e reprodução. Palavras-chave: campo escolar, taxinomia social, juventudes estudantis, professores, reprodução.