Ponencia

AS FIGURAÇÕES DA ANIMALIDADE NA OBRA “CUENTOS DE LA SELVA” DE HORÁCIO QUIROGA

Parte del Simposio:

SP.62: Antropoéticas: As grafias enquanto gesto político, ético e poético.

Ponentes

Robson Eduardo Gibim

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Este artigo faz parte de uma pesquisa em fase inicial desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade, Culturas e Fronteiras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, no Brasil. Busco refletir as figurações da animalidade presentes na obra Cuentos de la selva (1918), do célebre contista latino-americano Horacio Quiroga, que se desloquem do modelo colonial-moderno, preconizado por epistemologias antropocêntricas ou especistas, que tratam o animal humano como uno, completo, universal e dotado de racionalidade e os animais não-humanos como inferiores, selvagens, irracionais, desprovidos de linguagem e desejo ou como não sujeitos.

Referencio-me nos postulados teórico-metodológicos dos Estudos Multiespécies ou Interespécies, bem como em autores reconhecidos no âmbito dos estudos das relações “homem-animal” – Deleuze & Guattari, Donna Haraway, Bruno Latour, Vinciane Despret, Maria Esther Maciel, Malcom Ferdinand, dentre outros, para enaltecer aspectos educativos, éticos e políticos que valorizem as relações de interdependência ou entrelaçamento de espécies que “criam vidas e mundos compartilhados”. A pesquisa é fruto de um levantamento bibliográfico e os resultados são parciais.