Simposio

SP.8: Encontro e integração latino-americana nas universidades e sua interface com o acesso ao conhecimento antropológico

Coordinadores

Danielle Michelle Moura de Araujo

Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Brasil

Lydia de Souza

Udelar

Uruguay

Comentaristas

Jorgelina Tallei

UNILA

Argentina

O objetivo deste simpósio é reunir trabalhos, investigações, projetos e análises que reflitam sobre a integração latino-americana nas universidades e centros de pesquisa desde uma perspectiva institucional, mas também considerando práticas de pesquisa pessoais e coletivos de estudiosos referenciados no acervo conceitual antropológico latino-americanista. A integração latino-americana está presente na agenda de pesquisa universitária há pelo menos quatro décadas. As abordagens políticas, econômicas e comerciais, evidentemente necessárias para a discussão da problemática integracionista, não dão conta de sua complexidade cultural, e muito menos de suas ressonâncias sobre a vida e o cotidiano das pessoas. Preocupa-nos, particularmente, discutir os processos integracionista no dia-a-dia das pessoas, considerando, sobretudo, os diferentes âmbitos onde ela se faz presente; as relações sociais, o mundo do trabalho, as universidades, os movimentos sociais entre outros. No que concerne aos múltiplos aspectos dessa realidade, é nossa intenção conhecer os trabalhos de conclusão de curso, projetos de pesquisa e/ou extensão, etc…, , que contemplem a dimensão da integração a partir de análises onde a realidade do encontro é vivenciada desde o ambiente universitário, levando em conta as diversidades em sua plenitude de possibilidades e desafios. Neste contexto analítico, emergem questões como a interculturalidade, o multilinguismo, as migrações e, invariavelmente, o intercâmbio e/ou os encontros acadêmicos a diferentes níveis, utilizados nalguns casos para explicar as inúmeras faces e mesmo a dimensão conflituosa destes encontros. Os conflitos e a violência baseados nas relações econômicas, territoriais, migratórias, nacionais, raciais e de gênero são importantes para identificar as arestas do que se convencionou chamar de integração latino-americana. Na maioria dos casos, as universidades não estão preparadas para encontros interculturais, da mesma forma que as sociedades de acolhimento onde as instituições estão sediadas não desenvolvem políticas públicas em conjunto, de forma a permitir o acesso sem conflitos relativos, por exemplo, ao mercado de trabalho que sirva de subsistência ou que possibilite práticas culturais específicas, como é o caso da população oriunda de comunidades indígenas.
Por isso, pretendemos reunir diferentes trabalhos onde as categorias estudadas no campo da antropologia e sua interseccionalidade possam ser percebidas em diferentes contextos e possibilidades. Não é apenas um debate essencial, mas também um gatilho para projetos futuros que contribuam efetivamente para a integração latino-americana.