O antifeminismo vem ganhando cada vez maior notoriedade em detrimento da ascensão de discursos ultraconservadores no Brasil, sobretudo em ambientes digitais, revelando tensões nas dinâmicas de gênero, que de alguma maneira desafiam inclusive o progresso do movimento feminista. O objetivo deste estudo gira em torno de uma análise de discurso produzido em 3 grandes páginas auto intituladas como antifeministas, cujo público ultrapassa 50 mil pessoas com o intuito de identificar os principais argumentos e estereótipos produzidos sobre pautas feministas e promover uma investigação sobre a rede de atores envolvidos nesse processo de disseminação. Pretendo desenvolver a partir dessa análise uma interpretação sobre como essa complexa rede de interações se articulam no ambiente digital e fornecem uma racionalidade pautada na produção de discursos de ódio que de alguma maneira revelam também mecânicas de poder.