A presente comunicação tem como objetivo tecer um diálogo crítico com os saberes e fazeres ancestrais do povo Xakriabá a partir da perspectiva experienciada na produção escrita da dissertação de mestrado da intelectual indígena Célia Corrêa Xakriabá. Nessa pesquisa, destaca-se a relevância de compreender aquilo que a pesquisadora indígena chama de saber corporificado/epistemologia nativa como uma possibilidade teórico-metodológica ancorada no território ancestral e no corpo-território de seus protagonistas. Introduz-se assim o que ela denomina de ciência do território. Nota-se sempre demarcada na escrita da pesquisadora indígena a presença do território, referência para todas as atividades existenciais de seu povo, assim como das raízes ancestrais da História dos Xakriabá, contada pela autora a partir de elementos culturais simbólicos, a saber: o barro, o genipapo e o giz.

Referência:
CORRÊA XAKRIABÁ, Célia Nunes. “O Barro, o Genipapo e o Giz no fazer epistemológico de Autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada”. Brasília – DF, 2018.