Este trabalho se constitui como uma pesquisa em andamento e está alinhada aos
objetivos da agenda 2030 da ONU, principalmente aos ODS 05 (igualdade de gênero), ODS 04 (Educação de qualidade) e ODS 10 (Redução das desigualdades) por construir a escola como campo de compreensões sobre as relações entre os sujeitos a partir das vivências em educação para as diversidades, transformando o meio social que os agentes estão inseridos. Ao pensarmos a escola como espaço de transformação social e, consequentemente, uma tecnologia de gênero (LAURETIS, 1994) que atualiza os referencias sobre as condutas entre “meninos” e “meninos” é possível identificarmos como as produções discursivas direcionam as ações de reconhecimento das diferenças, possibilitando alterações para uma visão de mundo mais igualitária, equitativa e diversa. Assim, a escola se estabelece como um
acesso inicial para a construção de uma sociedade mais democrática. Ao trazermos as discussões de gênero e as problematizações inerentes à temática para a
escola iniciamos o processo de letramento de gênero para o reconhecimento das construções sociais e culturais que perpassam a sociabilidade cristalizada dos papéis sociais desempenhados, os quais colocam o sujeito lido como feminino em um lugar de subalternidade, além de deslocar os sujeitos que não se encaixam nas representações esperadas na heterocisnormatividade. Desse modo, temos como objetivo analisar como ocorrem as produções de gênero nos espaços da educação básica (Ensino Fundamental e Médio) em Pinheiro/MA, entre 2023 e 2025. A pesquisa se caracteriza como qualitativa (RICHARDSON, 2008) com a utilização do método etnográfico para a construção dos dados. Está dividida em duas grandes etapas: 1) Revisão da literatura e análise documental e 2) Pesquisa de campo. A revisão literatura utiliza como principais descritores de busca nas bases de dados “educação física e gênero, educação para igualdade, diversidade e educação”. A pesquisa de campo será composta por observação direta e participante, entrevistas semiestruturadas com professores/as e alunos/as, grupos focais de discussão e escrita do caderno de campo. A pesquisa preliminar tem demonstrado que os discursos sobre relações de gênero e sexualidade na escola apresentam intersecções no fazer pedagógico que permeiam especialmente as construções sobre o corpo e o olhar excludente que se consolida na percepção de desenvolvimentos das atividades propostas na escola, especialmente quando destacamos a disciplina de Educação Física