O Musée du Quai branly é o maior e mais importante museu etnográfico da França. A instituição, que reúne acervos dos antigos Musée du Trocadéro, do Musée de L’Homme e dos Museus da África e da Oceania, reúne desde sua criação a maior coleção etnográfica do Brasil na França. Possui hoje, uma coleção afro-brasileira doada por George Henri Riviere formada em 1955 na Bahia. Georges Henri Rivière foi um museólogo francês, o primeiro Diretor do Conselho Internacional de Museus (ICOM), cargo que exerceu no período de 1946 a 1962. Considerado o fundador da museologia francesa. Foi o idealizador do Museu Nacional de Artes e Tradições Populares em Paris. Sob a direção do Dr. Paul Rivet, George Henri Rivière apresentou cerca de 70 exposições, de 1928 a 1937.
Após a reformulação do Museu do Trocadero, iniciada por Paul Rivet, a maior parte do acervo deu origem ao Museu do Homem em 1938, já as coleções de cultura tradicional da França e de outros grupos europeus passaram a constituir o acervo de uma nova instituição, o Museu Nacional de Artes e Tradições de Paris (MNATP), a cargo de George Henri Rivière. Assim como o Museu do Homem, o MNATP, cujo lançamento foi marcado pelo I Congresso Internacional de Folclore de 1938.
Tendo a coleção de Arte Popular / Afro-Brasileira do Museu Quai-Branly Jacques Chirac reunida por George Henri-Riviere, presidente do ICOM (Conselho Internacional de Museus) de 1948 a 1965, período que realiza inúmeras missões pelo mundo, inclusive no Brasil. Ao todo, o conjunto atribuído a George Henri Riviere, proveniente do Brasil, e composto por 91 peças que se apresentam em duas coleções distintas. A primeira, de 1955 é procedente da Bahia e a segunda, de 1966 identificada como Arte popular brasileira trata de um conjunto de postais editados pelo Departamento Estadual de Cultura do estado de Alagoas de xilogravuras de Jose Martins dos Santos.
Este trabalho pretende apresentar o estado da pesquisa, de identificação do conjunto de objetos e da trajetória deste colecionamento.