No exercício da pesquisa em andamento, construído a partir de uma visão crítica da vivência com quebradeiras de coco babaçu no âmbito familiar. Apresento como enfoque do trabalho, as categorias gênero e movimento social, para o estudo da temática A feminilização do trabalho da quebra do coco babaçu em São Luís, Maranhão. Tendo como objetivo analisar a relação de gênero e trabalho a partir da atividade da quebra do coco babaçu realizada predominantemente por mulheres na cidade de São Luís, Maranhão. Abordarei os fatores sócio-históricos estabelecendo no tempo e espaço como se dá essa relação de trabalho na ótica do sistema social estrutural do patriarcado, tendo em vista como uma hipótese do trabalho da quebra do coco babaçu ser precarizado por ser um trabalho com predominância feminina, assim podemos analisar a quebra do coco babaçu como fonte de obtenção da sobrevivência da comunidade em análise e, também, que toma as proporções político-econômicas. Com isso, ao longo da pesquisa buscarei entender como se estabelecem e se relacionam os fatores fundamentais, tais como patriarcado e a divisão social do trabalho que irão dar um direcionamento para entender como a atividade da quebra do coco babaçu é precarizada. Abordarei sobre o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQC), um dos momentos mais importantes que marca o processo de organização coletiva das quebradeiras do coco babaçu na garantia de seus direitos e na luta pela proteção e acesso às palmeiras na luta pela valorização de seu trabalho, além disso a articulação em movimentos, sindicatos etc. Ademais a pesquisa se volta para investigação de como se dá a cultura da quebra do coco babaçu em São Luís (MA) e qual sua influência social e econômica para a cidade, tendo em vista o seu caráter histórico e turístico. O fazer desta pesquisa sobre esta temática se torna importante tanto no âmbito acadêmico quanto no âmbito social, pois temos um número resumido de pesquisas que investigam a atividade da quebra do coco babaçu, que é uma atividade de grande importância para diversas famílias que sobrevivem a partir da renda obtida desta atividade extrativista no estado do Maranhão. A princípio foram utilizados na pesquisa os estudos de Andrade (2005); Barbosa (2018); Barbosa (2013); Silva (2014); Araújo (2017).