Roberto de Alencar Pereira de Souza Junior, Brasil, 2022.
No Brasil, na Cidade de São Paulo, coletividades subalternas e marginalizadas costuram suas práticas de lazer e estilo de vida em torno do futebol e do samba. As chamadas Torcidas Organizadas em prol de torcer para seus times também se expandem para o carnaval e se tornam Escolas de Samba, construindo assim um espaço ancestral de sociabilidades, negociações e pertencimentos entre ambos os projetos estéticos e políticos. O que traz à antropologia contemporânea novos desafios metodológicos às problemáticas emergentes e seus novos sujeitos e ambientes de observação, como destacados no eixo temático do congresso. As fotografias aqui expostas são uma das respostas a essa demanda por uma vivência mais subjetiva da ancestralidade do samba nas torcidas organizadas. Afinal, como narrar as vivências estéticas, populares e sensoriais dos interlocutores – e também do antropólogo / fotógrafo -, nas arquibancadas do futebol e nas avenidas do samba, senão extrapolando para além da descrição textual?
Roberto de Alencar Pereira de Souza, Antropólogo urbano, pesquisador de torcidas organizadas (que também são escolas de samba) e demais práticas de lazer e estilo de vida nas periferias de São Paulo (Brasil). Articulando etnografia e fotografia busca expressar uma descrição ainda mais subjetiva das vivências marginais nas quebrada da cidade. Doutorando e mestre em Antropologia Social na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde também é bacharel em Ciências Sociais.