Realizador: Maryane Monroe Martins
Biografia Curta: Quilombola de Juçatuba – MA. Graduanda em Ciências Sociais/Licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Desigualdades e Diversidades – LAEDD e do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia – PNCSA. Integrante do Grupo de Estudos Socioeconômicos da Amazônia – GESEA e Presidente da Liga Acadêmica de Estudos de Identidades Coletivas – LAIC.
Associação institucional: Universidade Estadual do Maranhão
Ano de conclusão: 2024
País(es) de produção: Brasil
Sinopse e articulação com o eixo temáticos Temas e Problemas Emergentes: As fotografias demonstram a violência sofrida pela comunidade quilombola de São Roque a partir dos cercamentos realizados pela expansão do agronegócio. Diante da expropriação territorial, da impossibilidade de sua reprodução social e perda da autonomia provocadas pelos cercamentos das fazendas, os quilombolas passaram a se mobilizar coletivamente, resgatando através da memória social, a trajetória dos ancestrais desse grupo, dos espaços sagrados, os caminhos históricos dentro do território que hoje são proibidos de trafegar, elementos culturais, dentre outros aspectos que foram destacados nestas fotografias realizadas durante o trabalho de campo na referida comunidade. A proposta do trabalho “AS CERCAS QUE NOS MATAM” se articulam com o eixo temático VIOLÊNCIA por demonstrar a violência no campo, especificamente a violência vivenciada nas terras tradicionalmente ocupadas pelos quilombolas da comunidade de São Roque, localizada no município de Anajatuba, Maranhão- Brasil. Os registros visuais fazem parte do trabalho de campo desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica- PIBIC e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, projeto esse intitulado “Quilombo São Roque: Narrativas Orais e Construção de Territorialidades Específicas”, no entanto, as fotografias selecionadas, buscam direcionar a observação ao cercamento do território, que produz efeitos sociais diretos no modo de vida e as terras tradicionalmente ocupadas dos quilombolas de São Roque, fazendo um recorte que busca apresentar a expropriação territorial diante a expansão crescente do agronegócio, expropriação dos seus recursos naturais, o que afeta diretamente suas práticas produtivas e modo de vida, proibição de tráfego dentro do seu próprio território e um processo de apagamento e destruição dos caminhos antigos, entre outros efeitos. Nesse sentido, a partir dos pontos colocados, essa proposta se articula ao eixo temático “Violência”, por apresentar a violência no campo que geralmente têm como alvo terras tradicionalmente ocupadas.